sábado, 9 de novembro de 2019

Já está mais do que na hora da Shounen Jump ter editoras mulheres



Olá a todos e será que eu fiquei maluco e estou começando a lacrar? Para inicio de conversa, conforme eu falei eu "problematizo" os "problematizadores" principalmente quando eu discordo de alguma opinião ou percebo que a pessoa não pesquisou muito a fundo para fazer a sua problematização. Porem recentemente houve um burburinho da shounen jump por causa da ilustração de Yuuna com os mamilos de fora e isso levou a questão da possibilidade da shounen jump contratarem editores mulheres na revista.

Recomendo que leia este link para entender essa historia: https://vocesabianime.com/capa-ecchi-de-yuuna-san-levanta-questionamentos-a-jump-sobre-contratar-mulheres-pro-cargo-de-editoras/

Para quem não sabe quando se publica mangás, funciona da seguinte forma o mangá-ká faz a historia e a arte e apresenta na editora o seu mangá, lá um editor faz um analise da obra se pode ser publicada, caso for rejeitada o editor fala dos erros e sugere pontos a melhorar, como uma critica construtiva, para que o mangá ganhe sinal verde para a publicação e é ai que mora o perigo, muitas vezes editor sugere e indica coisas que muitas vezes até mesmo estraga a obra, há dois casos famosos uma em Yu Yu Hakusho, a historia seria uma comedia-romantica espiritual, porem o editor sugeriu que ele tivesse elementos de Dragon Ball, o criador teve que ressucitar o Yusuke Urameshi e colocou elementos de RPG, como a saga de Suzako no inicio da trama, porem o mesmo exigiu que tivesse um "torneio das trevas" semelhante ao torneio de Dragon Ball, para que assim o mangá engate e venda horrores. Outro caso foi o citado Dragon Ball. Akira Toriyama queria encerrar na saga de Freeza, porem como o mangá vendia muito bem no Japão, os editores exigiam que o mangá-ká continue. Recomendo muito que leia ou veja o anime Bakuman para entender melhor como funciona.



Devidamente os editores da Shounen Jump ser formado 100% por homens, muitas vezes as visões podem acabar ficando muito machistas e ultrapassadas, pois alguns colocam visão do tipo "Se esse mangá deu certo fazer isso, por que não fazer com esse também?" e como consequência muitas reclamações principalmente do publico ocidental que inclusive dá mais lucro da Shounen Jump afirmando que os mangás estão com pouca originalidade e apelando para o ecchi para vender. Com editoras mulheres podem dar sugestões melhores para os mangá-kás, como por exemplo se um quadrinho tiver muito ecchi, a editora pode dizer assim "Olha, tem muito ecchi no seu mangá, por que não publica ela na revista Seinen ou revista dedicada a Ecchi?" Eu acredito que na minha opinião quando um mangá-ká for entregar seu mangá para dar uma avaliada, deveria ter três editores para avaliação. Um editor masculino para dar sua visão de mercado, uma editora feminina para dar sugestões e indicações para a historia e porque não um editor "ocidental"? Para dar sua visão de mercado para agradar tanto o Japão, como o mundo. Após os três lerem, ambos fazem uma discussão e dar uma resposta com uma sugestão e indicações para que o quadrinho ganhe sinal verde. Se um editor japonês falar que não iria vender e os outros dois editores responder que gostou muito da historia e não precisa alterar nada, podem chegar e falar "vamos arriscar", se não vender, vamos tentar fazer de acordo com a ideia do editor masculino japonês.


Atualização: Só para reforçar o fato que editores tem controle sobre a historia, tem um artigo que mostra a rotina de Rumiko Takahashi e ela conta que ela se reúne com os editores sobre os rumos da historia, embora tem muita gente que acha que é tudo culpa do mangá-ká e não dos editores:



5 comentários:

  1. "Já está mais do que na hora da Shounen Jump ter editoras mulheres"
    - Sem problema, desde que elas estejam cientes que o público majoritário lá é masculino, que a fórmula que está lá é para nós e não para garotas, e que não se deve mudar o tema SHOUNEM aplicado na revista para o gosto feminista pois aí viraria SHOUJO. sem problema nenhum mulher trabalhar na jump.

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    1. No texto eu não quis que faça uma mudança drástica a ponto de transformar numa shoujo jump, mas sim a tarefa de uma mulher nas decisões e indicações na hora de publicar o mangá.

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    2. decisões e indicação mas que não serão acatadas devido ao proprio autor relutar pela mesma. Sem autor não a Jump e sem Jump não há autor e sem publico não há nenhum dos 3.

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    3. Mas no caso o Japão não é como o Ocidente, veja que mesmo nas Revistas femininas ou Feministas de lá, a maior parte é homem, machismo no mal sentindo pq cargos de auto importância muitas vezes não se permite pra Mulher, mesmo sendo mais competente que qualquer homem, por exemplo, mangás pra meninas eram feitos por homens pq este trabalho muitos não encaravam que japonesas fossem capazes de produzir este mesmo conteúdo pra garotas, sendo mulher, com tudo isso explicado veja que a Ásia inteira não é boa em relação a empregos para com mulheres, já é difícil fazer mangá pra o público masculino (exemplo FMA, a autora) agora imagina conseguir ser editora, os fatores culturais do Japão são fortes e o público da Jump é bem misto, mesmo sendo masculino tem muita mulher que ama yaoi, daí projeta para a revista algo neste nipe, deixo de sugestão o canal Vc no Japão e Davi no Japão, lá explica melhor do que se trata.

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  2. Além do mais, mudar algo só porque não esta agradando meia duzias de pessoas no ocidente, as chances são praticamente nulas, somos as esmolas deles, o publico principal ainda é o japonês variando em 90% ou mais, o fator de opinião deles são mais relevantes.

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